Quando falamos de línguas
indígenas, a primeira coisa que se pensa é que todos os povos falam
Tupi.
Isto não está correto. O Tupi
é um tronco linguístico e não uma língua. Esta confusão acontece porque muitas
palavras do vocabulário brasileiro têm origem nas línguas da família
Tupi-Guarani.
Além disso, existem mais de
180 línguas e dialetos indígenas no Brasil.
A
Abacaxi : fruta cheirosa,
rescendente.
Arapuca: armadilha para
aves.
Bauru: o cesto de
frutas.
Biboca: moradia
humilde.
C
Caju: “ano”, pois o tempo era
contado por frutificações dessa planta.
aguará, aguaraçu, mamífero (lobo) dos cerrados e
pampas (açu).
Canoa: embarcação a remo,
esculpida no tronco de uma árvore; uma das primeiras palavras indígenas
registradas pelos descobridores espanhóis.
Capenga: pessoa coxa,
manca.
Catapora: o fogo interno,
febre eruptiva, erupção.
Cupim: térmita,
cupim.
Curumim: menino.
G
Gambá: a barriga
oca.
Guará : (1) iguara, ave das
águas, pássaro branco de mangues e estuários.
Guarani(1): raça indígena do
interior da América do Sul tropical, habitante desde o Centro Oeste brasileiro
até o norte da Argentina, pertencente à grande nação tupi-guarani; (2): grupo
linguístico pertencente ao grande ramo tupi-guarani, porém mais característico
dos indígenas do centro da América do Sul.
Guri: bagre
jovem.
I
Ipanema: lugar
fedorento
Ipiranga: rio
vermelho.
J
Jacaré: sinuoso, com
curvas.
Jaboti: aquele que tem muito
fôlego.
L
Lengalenga: muita conversa,
conversa fiada.
M
Mandioca: aipim, macaxeira,
raiz que é principal alimento dos índios brasileiros.
Maracá: chocalho usado em
solenidades.
N
Nhenhenhém:
falação, falar muito, tagarelice.
O
Oi: saudação
tupi.
Oca: cabana ou palhoça, casa
de índio (ocara, manioca).
P
Perereca: andar aos
saltos.
Piá: o fruto das
entranhas.
Pipoca: grão de milho que se
arrebenta em flor por efeito da torra.
Pitanga:
vermelho.
S
Saúva: espécie de
formiga.
T
Tapera: aldeia abandonada;
casa em ruínas.
Tiririca: arrastando-se,
alastrando-se, erva daninha que se alastra com rapidez.
Tupi (1): povo indígena que
habita(va) o Norte e o Centro do Brasil, até o rio Amazonas e até o litoral;
(2): um dos principais troncos linguísticos da América do Sul, pertencente à
família tupi-guarani.
X
Xará: tirado do meu
nome.
Xavante: tribo indígena
pertencente à família linguística jê. Ocupa extensa área, limitada pelos rios
Culuene e das Mortes, Mato Grosso.
Vê-se, dos exemplos, que nós
brasileiros conhecemos muitas palavras tupis, assim como internalizamos muitos
hábitos e costumes desses nossos ancestrais, tais como: tomar banho todos os
dias; andar um atrás dos outros; dormir em rede; andar enfeitado, pintado; usar
roupa colorida; utilizar objetos feitos de barro e cipó; beber aluá; comer
paçoca, farofa, pamonha, mucunzá. Enfim, há tanta herança indígena que não nos
damos conta de sua extensão em nossas vidas. Mas sempre é bom lembrar o legado
que tanto enriqueceu a cultura e os povos do
Brasil.
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