11.1. Quando o sujeito é
simples
a) Se for constituído por um substantivo
coletivo, o verbo irá para o singular.
O batalhão refugiou-se no velho
castelo.
Um grupo de estudantes invadiu
(ou invadiram) o salão.
b) Se for constituído por uma expressão que
indica quantidade aproximada, o verbo geralmente vai para o
plural.
Perto de mil atletas prestaram
juramento ontem.
c) Se for constituído por uma expressão que
indica parte de um todo, o verbo poderá ir ou não para o plural.
A decisão depende, antes, de uma opção
estilística.
A maior parte dos candidatos
desistiu (ou desistiram) do concurso.
d) Se for constituído pelo relativo que,
o verbo concordará com o antecedente do pronome.
Foram eles
que nos receberam no aeroporto.
Se o relativo vier antecedido pelas expressões
um dos ou um dos + substantivo, o verbo geralmente
vai para a 3° pessoa do plural.
Ele é um
dos candidatos que venceram o concurso.
Ela é uma
das candidatas que se esforçaram para o sucesso da festa.
e) Se for constituído pelo pronome relativo quem,
o verbo poderá ser usado na 3° pessoa do singular ou concordar com o
pronome pessoal, sujeito da oração anterior.
A partir
deste instante, sou eu quem passa (ou passou) a
transmitir o jogo.
f) Se for constituído pela expressão mais
de um + substantivo o verbo ficará no singular, a não ser
que expresse ideia de reciprocidade.
Mais de um aluno foi
aprovado no teste.
Mais de uma deputado se ofenderam
na reunião.
g) Se for constituído por expressões do tipo
quis de, quantos de, alguns de, vários de etc, seguidas dos pronomes nós,
vós ou vocês, o verbo irá para a 3° pessoa do plural, ou então
concordará com o pronome que representa o todo.
Alguns de nós serão (ou
seremos) escolhidos para a missão.
Se a expressão (ou locução
pronominal indefinida) estiver no singular, o verbo evidentemente
ficará no singular.
Um de nós será escolhido.
h) Se for constituído por nome de lugar ou
títulos de obras que possuem formas plurais, o verbo ficará no singular.
Caso os nomes venham acompanhados de um artigo
plural, o verbo geralmente vai para o plural.
Santos é uma
bela cidade.
Os Estados Unidos são
uma grande potência.
Os Lusíadas eternizaram o nome de
Camões.
11.2. Quando o sujeito é
composto
a) Se vier depois do verbo, este
geralmente concorda com o núcleo mais próximo.
Amedrontou-nos o silencio
e a escuridão do lugar.
b) Se os núcleos do sujeito constituem
uma gradação, o verbo em geral fica no singular.
A indagação, a raiva, o ódio tomou conta de seu
coração.
c) Se os núcleos dos sujeito são
sinônimos ou tem sentidos próximos, o verbo fica no singular.
Sua calma
e tranquilidade sempre nos transmitia segurança.
d) Se os núcleos do sujeito estão resumidos
por um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém), o
verbo fica no singular.
Aflição,
dores, tristeza, nada o fazia abandonar seu objetivo.
e) Se os núcleos do sujeito vem ligados por ou
ou nem, o verbo vai para o plural quando a ação puder ser
atribuída a todos os sujeitos.
Bajulação ou
privilégio não o corromperam.
Quando a ação só pode ser atribuída a um
dos núcleos, o verbo fica no singular.
O meu sucesso
ou insucesso neste trabalho depende de sua ajuda.
f) Se o sujeito é composto por um ou
outro ou nem um nem outro, o verbo geralmente fica no
singular.
Um ou outro aluno será
escolhido.
Nem um nem outro será
eliminado.
g) Se o sujeito é composto pela locução um
e outro , a concordância é facultativa.
Um e outro aluno entregou
(ou entregaram) o trabalho.
Com o verbo ser, a concordância geralmente
é feita no singular.
Um e outro participante é
contrário ao regulamento.
h) Se o sujeito apresenta elementos
correlacionados pelos conectivos assim... como, não só...
mas também, tanto ... como, nem.. nem,
etc., o verbo geralmente vai para o plural.
Nem a fama, nem
a riqueza alteram seu modo de vida.
Não só o teatro como
também a televisão muito o atraíram nos primeiros anos de
sua carreira.
i) Se os núcleos do sujeito vem unidos
por com, o verbo pode ser usado tanto no singular como no plural,
conforme se queira realçar um deles ou os dois.
O professor com
seus alunos ornamentaram todo o salão.
O pai, com
o filho, veio reclamar da punição.
O mesmo ocorre quando os núcleos são ligados
por conjunção comparativa (como, assim como, etc ).
A criança,
como sua mãe, chorava muito.
j) Se os núcleos do sujeito
estão representados por pronomes do caso reto, o
verbo faz a seguinte concordância:
a) eu e tu: eu,tu e ele(s); eu e ele(s) = nós
Eu, Cleia e Mariana faremos esta
viagem.
b) tu e ele(s) = vós
Tu e teus amigos ireis à fazenda.
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