sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Gramática Essencial da Língua Portuguesa: 14. Colocação pronominal



14.1. Proclise (antes do verbo)

a) Quando houver, antes do verbo, palavras de sentido negativo.

Nunca ti vi mais gordo.

b) Quando houver, antes do verbo, advérbios ou pronomes.

Quem me viu chegar?
Ele sempre nos repete os mesmos conselhos.

c) Em frase exclamativas ou que expressam desejos.

Que Deus o guarde, meu filho!

d) Quando, antes do verbo, houver conjunções subordinativas.

Espero que nos vejamos brevemente.

e) Com o verbo no gerúndio (terminado em ndo) precedido da preposição em.

Em se falando de bebida, não pode faltar sua opinião.

f) Quando, antes do verbo, houver pronomes relativos (que, quem onde, a qual, o qual, os quais, as quais, cujo(a), quanto(a), quantos(as)).

Este é o amigo do qual lhe falei.

14.2. Ênclese (depois do verbo)

a) Quando houver um infinitivo (terminado em -ar) ou gerúndio (terminado em -ndo).

Vou encontrá-lo amanhã cedo.
Levantando-se da mesa, pôs- se a a discursar.

b) Quando houver imperativo afirmativo.

Levante-se daí!

Atenção

Usa-se o pronome átono antes ou depois dos verbos ter e haver, quando estiverem formando um tempo composto, mas nunca depois do particípio (-do).

Ele já nos tinha avisado do acidente.
Ele havia nos informado sobre a data dos exames.


14.3. Mesóclise (no meio do verbo).

a) Com o verbo no futuro do presente (contarei, contarás, contará, contaremos, contareis, contarão).

Mais tarde, contar-lhe-ei a verdade.
Contar-me-ás a verdade?

b) Com o verbo no futuro do pretérito (condicional).

Se fosse necessário, calar-me-ia.
Se soubesse de algo, contar-lhe-ia.

Atenção

Se antes do verbo houver palavras negativas, pronomes e advérbios interrogativos, a mesóclise não será empregada.

Nunca lhe contarei a verdade.
Não me calaria diante de nada.
Quem lhe dirá a resposta?

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